Um dos símbolos do Pantanal mato-grossense, o tuiuiú, foi flagrado em uma cena repleta de amor e esperança enquanto alimentava seus três filhotes no ninho, na região de Poconé, a 104 km de Cuiabá. 6a522e

O vídeo foi feito próximo a uma torre de observação a poucos metros de uma pousada, no km 65 da Rodovia Transpantaneira.

Em um momento em que a maior planície alagável do mundo enfrenta, novamente, as queimadas, essa cena surge como sinônimo de esperança e renovação!

Erisvaldo explicou ao Primeira Página que aguardou por horas no local para que conseguisse filmar o momento e que estranhou a proximidade das aves que, geralmente, constroem seus ninhos em locais de difícil o e mais afastados da presença humana.

Como é possível ver no vídeo acima, a ave alimenta os filhotes com pequenos peixes, ato comum da espécie. A reprodução deles, inclusive, coincide com a baixa das águas, momento em que os peixes podem ser facilmente capturados nas margens de rios ou lagos.

Os tuiuiús são consideradas as maiores aves voadoras do , podendo chegar a 1,60 cm de altura e pesar cerca de 8 kg, segundo , biólogo mestre em conservação e desenvolvimento sustentável, que atua no turismo como especialista em observação de aves no Pantanal.

Com as asas abertas, a ave tem um tamanho de envergadura de até 3 metros. Além disso, o biólogo explica que os ninhos de tuiuiús são construídos em regiões próximas à água, para garantir a alimentação dos filhotes.

Outro ponto interessante sobre essas aves, como explica Gabriel, é que elas não se reproduzem caso não haja o período de estiagem na região, pois sabem que não terão como alimentar os filhotes.

O bico preto e grande, que pode chegar a 30 cm, é um dos diferenciais da espécie e, geralmente, é maior nas fêmeas.

Ainda conforme o biólogo, existem casos em que os tuiuiús montam seus ninhos em locais próximos à circulação humana, como registrado no vídeo acima.

Em situações assim, Gabriel afirma que é preciso tomar cuidado para não assustar as aves que, quando se sentem ameaçadas, podem abandonar o ninho.