Após a queima de fogos que ocorreu nessa terça-feira (24), em homenagem a R.R.S., um dos líderes do Comando Vermelho que morreu em Várzea Grande, a Polícia Militar está realizando uma força-tarefa para prender os envolvidos no evento de pirotecnia. Até o momento, 15 criminosos já foram presos, em Cuiabá, Várzea Grande e outros três municípios, pelo crime de apologia ao crime. 1s1968
R.R.S., de 40 anos, morreu no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande na manhã de terça-feira (24), após quebrar várias costelas durante fuga da Penitenciária Mata Grande, em Rondonópolis, na última sexta-feira (20).
Em homenagem ao criminoso, considerado um "juiz" dentro da facção, células da facção por todo o Estado realizaram uma queima de fogos. A ação, que ocorreu às 21h, foi marcada por grande barulho que assustou os mato-grossenses.
A Polícia Militar recebeu várias informações, especialmente vídeos e fotos, sobre a queima de fogos, e agora trabalha para identificar os envolvidos, logística e locais.
Até o momento, os órgãos de inteligência já localizaram e prenderam 15 criminosos, entre eles uma mulher de 23 anos, nos munícipios de Cuiabá, Várzea Grande, Tangará da Serra, Sinop e Rondonópolis. Fogos de artifício em grande quantidade também foram apreendidos.
Integrante da facção criminosa, a mulher foi presa com um carregamento de fogos de artifício em seu carro, um Chevrolet Corsa. Ela confessou que os artefatos pertenciam à organização e seriam usados na queima, em homenagem a R.R.S.
Para o comandante geral da PM, Coronel Alexandre Mendes, a pirotecnia patrocinada pela organização criminosa é uma tentativa de afrontar as forças de segurança.
"O uso de fogos de artificio pelas facções, longe de afrontar apenas expressam a temeridade destas em agir, pois sabem que no campo da segurança pública não há pirotecnia no combate ao crime organizado", afirmou o Coronel.
O comandante afirmou ainda que não haverá descanso no combate à prática de pirotecnia pelo crime organizado.
Entenda
R.R.S., também conhecido como "Pinguim", trabalhava na fábrica de blocos de concretos da Penitenciária Mata Grande, quando fugiu com outros dois bandidos. Ao pular o muro, fraturou várias costelas.
Utilizando um nome falso, o criminoso deu entrada em um hospital de Rondonópolis e foi posteriormente transferido para o Pronto-Socorro de VG, onde morreu.